Blog para meu registro pessoal de pensamentos, sentimentos e impressões a partir de vivências, convivências, amores, amizades, enfim, nascido a partir da experimentação da vida e uma necessidade urgente de colocar isso para fora através de palavras...
quinta-feira, 27 de março de 2014
quarta-feira, 26 de março de 2014
Elocubrações...
Hoje vou na verdade somente conversar aqui umas ideias que andaram me ocorrendo, a partir de uma situação vivida essa semana. Estava em debate intenso com um amigo sobre uma filosofia de vida que estamos os dois a simpatizar. Na teoria, ele conhece essa filosofia mais a fundo que eu, só comecei a ler e estudar sobre o assunto há bem pouco tempo, e me encantei tanto que realmente estou a mudar aos poucos meu estilo de vida até poder adotar totalmente esta nova forma de ver e viver a vida. Bom, o motivo da discussão com meu amigo é que eu estava a questionar que apesar de conhecer muito mais em teoria sobre o assunto, na prática ele não consegue adotar esse estilo, e eu, em meus pensamentos íntimos, sempre achei a maior hipocrisia você defender algo e não praticá-lo. No caso do meu amigo não é que ele não coloque nada em prática, isso varia muito conforme o momento que ele está vivendo, isto é, as pessoas com quem está, o contexto social onde está inserido, pois ele viaja muito. Pois bem, durante nossa conversa,a única palavra que vinha a minha cabeça era "hipócrita". Hipócrita, hipócrita, hipócrita, eu não parava de pensar nisso, até que...
De repente, um pensamento vindo de algum outro canto da minha mente me chamou a atenção e ralhou comigo: "Márcia, você ao fazer esse julgamento, está desconsiderando tudo o que você conhece desse amigo. Todas as histórias que ele já viveu e as lutas porque passa. Você está julgando ele através das suas lentes, isto é, da sua maneira de ver e encarar a vida, que diz respeito a suas próprias lutas. Seja menos intolerante, senão isso não é uma amizade."
Tomei um susto comigo, mas na mesma hora mudei meu olhar pra o meu amigo. Não posso querer que alguém pense e aja igual a mim só porque defendemos uma filosofia idêntica. Pode ser que a minha transformação de teoria para prática seja mais rápida pelas experiências que passei, pela minha própria natureza, por encontrar mais apoio emocional para isso, e N outras razões. Talvez meu amigo realmente tenha mais dificuldades em passar da teoria a prática. Mas isso não o torna hipócrita.
Nesse momento lembrei de um texto que falava sobre tolerância, por coincidência o li na sala de espera de um terapeuta, quando estava aguardando esse amigo sair. O texto era longo, mas a mensagem que ficou gravada em mim foi: a tolerância nada tem haver com anulação. Tem haver com não-imposição. Posso aceitar o jeito de ser e pensar do outro, respeitar sua maneira de ver e fazer a vida, mas não preciso mudar as minhas convicções. E assim vamos levando. Podemos continuar amigos por tempo indeterminado. Se em algum momento houverem muitas diferenças, podemos nos afastar, cada um seguir seu caminho, a vida é assim mesmo. Mas sem desrespeito, sem intolerância, sem autoritarismo. Com muito amor, sim, sempre...
sábado, 22 de março de 2014
Quimera
Você me deu a mão
e disse: vem
No seu olhar vi promessas,
esperança,
transformações.
Futuro sonhado e desejado
que há muito era vislumbrado,
mas nunca de fato acreditado.
De início, não apostei ficha alguma.
Muitas coisas em jogo
para se deixar de lado:
casa, teto,
costume, rotina,
segurança, conforto,
aconchego, família.
Depois, a balança pesou
e a busca da felicidade venceu.
Imagens vistas
nos sonhos de criança
povoaram minha mente;
será agora
que vou pegar aquele trem
que me levará ao paraíso?
Te dou a mão
e me deixo levar.
Sei que você certamente
irá me decepcionar.
Mas não consigo
deixar de apostar
nesse amor.
sexta-feira, 21 de março de 2014
Ninho
Eu quero asas...
voar por onde quisesse.
Iria ver
o sol nascer
no cume de uma montanha
sobre o mar.
Assistir o pôr do sol
do alto de um carvalho
e dormir, nele aninhado.
Cada dia um lugar
diferente a visitar.
Cada dia uma busca
um novo sonho
uma nova rota.
Mas como não tenho asas,
me faço voar
através da poesia.
Solto minhas palavras,
deixo-as livres
para ir aonde quiserem pousar.
M.S. 21/03/2014
voar por onde quisesse.
Iria ver
o sol nascer
no cume de uma montanha
sobre o mar.
Assistir o pôr do sol
do alto de um carvalho
e dormir, nele aninhado.
Cada dia um lugar
diferente a visitar.
Cada dia uma busca
um novo sonho
uma nova rota.
Mas como não tenho asas,
me faço voar
através da poesia.
Solto minhas palavras,
deixo-as livres
para ir aonde quiserem pousar.
M.S. 21/03/2014
quarta-feira, 19 de março de 2014
Estrela do Mar
Escrevo,
me convenço que tudo vai bem.
Repito como um mantra
palavras
que sei que me farão bem.
Tudo em vão...
De repente
um olhar
uma palavra
uma imagem
e lá se vai, desmoronado
o castelo de areia onde me protegia.
Me vejo novamente
exposta
frágil
vulnerável
estrela do mar
perdida na praia
morrendo aos teus pés.
M.S. 19/03/2014
domingo, 16 de março de 2014
Transbordando
Ainda falando em águas...
Dentro de mim
existe um oceano;
Nele moram muitas coisas:
Amores intensos,
Beijos roubados,
Lágrimas escondidas,
Sonhos não realizados.
De vez em quando,
Esse oceano vem à tona,
Nos momentos de gozo
através da pele
Em gotículas doces e frias
do suor do amor.
Nessas horas
Nele me deixo mergulhar...
Quem dera esses momentos
Fossem eternos
Nesse oceano entraria
para nunca mais voltar...
Márcia Sales, 14.03.2014
Mãe D'água
Sou filha das águas,
e como elas
Às vezes sou calma,
Mansa, doce;
Às vezes sou fúria,
Desespero, revolta;
Às vezes elas fluem do meu ser
em forma de lágrimas
Que deixo se irem livremente
e me sinto liberta
pois não me contenho em mim
Me desmancho, me dissolvo
e assim me reinvento.
Márcia Sales, 14.03.2014
Redemoinho
Vou,
Volto;
mexo,
deixo.
Pego,
largo.
Dou voltas e paro no mesmo lugar;
Faço planos que nunca saem do papel;
corro, para nunca chegar.
Me atiro no abismo
que há em mim
buscando uma saída,
Uma resposta,
Uma luz.
E me vejo perdida
nesse labirinto do meu ser.
Márcia Sales 14.03.2014
Volto;
mexo,
deixo.
Pego,
largo.
Dou voltas e paro no mesmo lugar;
Faço planos que nunca saem do papel;
corro, para nunca chegar.
Me atiro no abismo
que há em mim
buscando uma saída,
Uma resposta,
Uma luz.
E me vejo perdida
nesse labirinto do meu ser.
Márcia Sales 14.03.2014
Desafio
Me faço visível
Para quem não quer me ver nem pintada;
vou contra a ordem:
Danço, dou cambalhota,
Brinco e descabelo.
Rindo, aos gritos,
Lanço o desafio final:
Estou aqui!
Márcia Sales, 14/03/2014
Para quem não quer me ver nem pintada;
vou contra a ordem:
Danço, dou cambalhota,
Brinco e descabelo.
Rindo, aos gritos,
Lanço o desafio final:
Estou aqui!
Márcia Sales, 14/03/2014
Amor(es)
Dentro de mim cabem muitas pessoas
e há amor pra dar e vender.
Há quem disso duvide;
Desses, rio e dou de ombros,
Não me defendo, não replico
pois a verdade que há em mim me basta.
Quero mais é amar,
Espalhar flores e amores
por onde passar.
Ser brisa suave,
Manhã de sol,
Luar encantado
encantando a vida
Com meus sonhares...
Márcia Sales, 14/03/2014
e há amor pra dar e vender.
Há quem disso duvide;
Desses, rio e dou de ombros,
Não me defendo, não replico
pois a verdade que há em mim me basta.
Quero mais é amar,
Espalhar flores e amores
por onde passar.
Ser brisa suave,
Manhã de sol,
Luar encantado
encantando a vida
Com meus sonhares...
Márcia Sales, 14/03/2014
Sangrando
O gume afiado me fere.
A cada vez,
um pedaço de minha carne é rasgado;
lenta, demoradamente...
Sinto tuas garras
cravando fundo em minhas entranhas.
A cada vez,
uma parte de mim se vai...
...o que sobrará?
M.S. 17/03/2014
A cada vez,
um pedaço de minha carne é rasgado;
lenta, demoradamente...
Sinto tuas garras
cravando fundo em minhas entranhas.
A cada vez,
uma parte de mim se vai...
...o que sobrará?
M.S. 17/03/2014
Te vejo
Meu olho te espia;
Vejo teu medo
Tua ânsia
Teu desejo
Teu engano.
Enxergo-te com todos os defeitos
que detesto;
fecho os olhos,
para não ver;
só assim me entrego,
me lanço
e me afogo no teu ser.
M.S. 17/03/2014
Vejo teu medo
Tua ânsia
Teu desejo
Teu engano.
Enxergo-te com todos os defeitos
que detesto;
fecho os olhos,
para não ver;
só assim me entrego,
me lanço
e me afogo no teu ser.
M.S. 17/03/2014
Fragmentos
Começo a rabiscar
e as palavras fluem:
soltas, desconexas,
parecem deslocadas,
pedaços de mim no papel.
Sinto-me
saindo de mim com as palavras,
me percebo mais leve,
quase flutuando.
Ao fim,
olho as palavras
e vejo, dançando no papel,
Poesia!
M.S., 16/03/2014.
e as palavras fluem:
soltas, desconexas,
parecem deslocadas,
pedaços de mim no papel.
Sinto-me
saindo de mim com as palavras,
me percebo mais leve,
quase flutuando.
Ao fim,
olho as palavras
e vejo, dançando no papel,
Poesia!
M.S., 16/03/2014.
(Des) acerto
Incerto,
conserto.
Acerto...
Aconteço,
teço o caminho.
Caminhos cruzados
se alcançam
a certo ponto.
Pontuamos acertos,
consertamos,
achando enfim
o ponto
G.
M.S. 16/03/2014
conserto.
Acerto...
Aconteço,
teço o caminho.
Caminhos cruzados
se alcançam
a certo ponto.
Pontuamos acertos,
consertamos,
achando enfim
o ponto
G.
M.S. 16/03/2014
Essa Mulher...
Quem é essa mulher
que me olha no espelho?
Espio, desconfiada.
Às vezes seu olho brilha,
um brilho tão malicioso
que me faz corar...
Às vezes seu olhar
irradia tanta paixão,
tanta vontade de viver,
que sinto inveja...
Às vezes seu semblante
reflete tanta tristeza,
que me comovo
e chego a perguntar:
O que houve?
Por que tão triste?
Nessas horas, sinto vontade
de pegá-la no colo,
Fazer um carinho,
Dizer baixinho:"tudo vai ficar bem".
De repente enxergo, com assombro
que esta que me olha sou eu...
Onde me perdi de mim?
Me dou a mão,
buscando achar o caminho
que me leve ao encontro de mim mesma.
M.S., 16/03/2014
que me olha no espelho?
Espio, desconfiada.
Às vezes seu olho brilha,
um brilho tão malicioso
que me faz corar...
Às vezes seu olhar
irradia tanta paixão,
tanta vontade de viver,
que sinto inveja...
Às vezes seu semblante
reflete tanta tristeza,
que me comovo
e chego a perguntar:
O que houve?
Por que tão triste?
Nessas horas, sinto vontade
de pegá-la no colo,
Fazer um carinho,
Dizer baixinho:"tudo vai ficar bem".
De repente enxergo, com assombro
que esta que me olha sou eu...
Onde me perdi de mim?
Me dou a mão,
buscando achar o caminho
que me leve ao encontro de mim mesma.
M.S., 16/03/2014
Febre
Me sinto doente,
o corpo arde,
a febre me consome.
Nos meus delírios
me vejo presa
na cadeia dos meus pensamentos obsessivos.
Eles me paralisam,
me sinto amarrada,
sem conseguir ir adiante.
Me percebo então num calabouço
escuro, sufocante, úmido.
Sei que a chave para a saída se encontra aqui,
em algum lugar.
Tateio, em vão;
Grito por socorro,
peço ajuda,
sem perceber
que dessa prisão
só eu posso me libertar,
só eu.
M.S. , 16/03/2014
o corpo arde,
a febre me consome.
Nos meus delírios
me vejo presa
na cadeia dos meus pensamentos obsessivos.
Eles me paralisam,
me sinto amarrada,
sem conseguir ir adiante.
Me percebo então num calabouço
escuro, sufocante, úmido.
Sei que a chave para a saída se encontra aqui,
em algum lugar.
Tateio, em vão;
Grito por socorro,
peço ajuda,
sem perceber
que dessa prisão
só eu posso me libertar,
só eu.
M.S. , 16/03/2014
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