terça-feira, 20 de maio de 2014

A dançarina...

O corpo gira,
faz elipses
pelo ar;
com as mãos
desenha círculos;
imagina-se flutuando,
dançando em nuvens,
brincando com os pássaros...

Com um salto,
se faz mais leve que o ar
e num giro elegante
para numa pose impossível.

A dançarina, 
na verdade é uma maga,
que nos enfeitiça
e nos faz sonhar
através dos seus sonhos...

Amantes



A  boca vermelha
busca mais beijos;
faminta,
reclama atenção
não quer se afastar
exige,
impõe o desejo
de entrelaçar as línguas;
o amante é impetuoso
voraz, 
toma a sua amada
que, entregue
já não tem forças
para resistir
e se deixa tomar 
pela força imperiosa
do desejo;
a carne se inflama,
intumesce,
palpita de ardor;
os corpos
 se encaixam;
já não existe mais nada;
só o calor,
umidade, 
o movimento contínuo,
cada vez mais rápido,
profundo;
assim os amantes 
são envolvidos
na  inconsciência 
doce e alucinante 
do êxtase final...

quarta-feira, 14 de maio de 2014

terça-feira, 13 de maio de 2014

Fênix

Refazer-se...
começar tudo de novo.

A vida
impondo novos desafios.

Laços se desatam
atrás de novos nós,
e o que já não era
deixará de ser
para vir a tornar-se
algo novo.

Renascida das cinzas, nova ave surgirá
a bater suas asas coloridas
brilhantes,
ao sol de um novo amanhecer.

A vida se refaz,
e nos impele
a novos destinos...

Não fujamos a luta,
nem nos acovardemos
se  necessário for
voltar atrás...

Que nossos pés nos guiem por novos caminhos,
mas que nossos olhos nunca deixem de admirar
o que já foi percorrido.

E se os caminhos
novamente se cruzarem
não deixemos que os calos
de antigas feridas
nos impeçam
Esse novo caminhar...

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Arrebentar-se

O mar arrebenta contra as rochas
E essa é uma visão fantástica;
Sinto-me extasiada,
não canso de ver.
Cada tentativa, uma nova estratégia:
Ora violenta,
Ora suave, quase doce,
Ora impetuosa.
Mas tudo é em vão contra a dureza da rocha.
A fluidez da água nada pode contra a frieza da rocha.
Mas ela não desiste.
Busca caminhos, sempre, incessantemente.
Sinto-me como o mar
Contra a tua dureza.
Busco estratégias, caminhos, formas de lidar com sua frieza e inflexibilidade.
De nada adianta.
Quedo-me, derrotada então.
Entrego os pontos.
Jogo a toalha.
Abandono o jogo.
Não sei ser como o mar.
Queria ser eterna como ele, mas não sou.
O tempo urge, e existem outros caminhos para trilhar , menos dolorosos.
Mas a beleza dos encontros do mar com a rocha estarão guardados na memória para sempre...

MS 07/05/2014